Homem-Aranha: Através do Aranhaverso

Já começo dizendo que é um daqueles filmes que dá vontade de assistir de novo e de novo e de novo. Saí do cinema extasiada após passar o filme inteiro de queixo caído e dando boas risadas. Ao sair do cinema, minha primeira reação foi mandar um áudio bem entusiasmado para um amigo dizendo que é a melhor animação de super-herói de todos os tempos.

O filme é a continuação da história de Miles Morales (voz original de Shameik Moore e dublagem de Cadu Paschoal), o Homem-Aranha da Terra-1610. Aqui acompanhamos Miles, um garoto do Brooklyn de descendência porto-riquenha e afro-americana que foi mordido por uma aranha radioativa, tentando balancear sua rotina de adolescente estudante e a vida de super-herói. Miles sente falta de seu falecido tio Aaron (Mahershala Ali / Ronaldo Júlio) e dos seus colegas Aranhas (que vimos no primeiro filme da saga), dentre eles, seu crush Gwen Stacy (Hailee Steinfeld / Luiza Cesar), a Mulher-Aranha e Peter Parker (Jake Johnson / Fernando Lopes), o Homem-Aranha original, e se sente sozinho e isolado. Isso tudo além da tensão presente entre ele e seus pais, Rio (Lauren Vélez / Maíra Góes) e Jefferson (Brian Tyree Henry / Anderson Coutinho) resultado do segredo que Miles guarda sobre sua vida dupla.

A animação é, com certeza, um show à parte e, eu sendo uma obcecada apreciadora de desenho e ilustração, naturalmente, é o que me chamou mais atenção em toda a produção. Com a já esperada mistura de diferentes estéticas na caracterização de cada personagem, também vista no primeiro filme, e a composição e estilização simplesmente sensacional de cada quadro, eu passei o filme inteiro babando.

Outro ponto que chama atenção é que a animação é feita de forma que parece que você está lendo um quadrinho. As cenas são pausadas em momentos específicos para a apreciação da movimentação dos personagens. Vemos, também, os típicos monólogos internos de nossos heróis e onomatopeias compondo as sequências de ação. Tudo isso de forma muito fluida e dinâmica.

O filme tem vários fanservices e plot-twists que fizeram o cinema todo reagir audivelmente. O filme tem mais de duas horas e é daqueles que você não vê o tempo passar porque fica engajado até o fim. Além do mais, tem um gancho excelente para continuação que já te deixa no hype para o próximo.

Spider-Man: Através do Aranhaverso. Dirigido por Joaquim Dos Santos, Kemp Powers, Justin K. Thompson. Escrito por Phil Lord, Chris Miller e David Callaham.

Essa Crítica dá nota 5 de 5.

Estreou: 1º de Junho, nos cinemas.