Barbie

Filmes com alta hype costuma ser ruim, mas esse realmente faz jus a fama e o barulho que vem causando. Vai Barbie! Vai Barbie!  Batendo mais que o Popó na cara do Winderson, esse filme é uma porrada na boca do estômago atrás da outra. E não alivia nem a própria empresa MATEL, então quem é tu frágil mocinho?

A diretora Greta Gerwig já é conhecida por seu trabalho realmente excelente. Aqui se junta Noah Baumbach e formam um roteiro que definitivamente realoca o papel de uma boneca com uma trajetória polêmica, mas um sucesso inegável. A direção está incrível! Um universo muito bem representado e a estética foi abraçada com propriedade. E o roteiro definitivamente surpreende justamente por não cair no óbvio esperado quando se fala dessa boneca. A premissa traz uma série de camadas que são todas atendidas. E é tão bom roteiro que fecham pontas de linhas descontinuadas até do universo Barbie. Em toda a estética e execução é aplicada uma qualidade homogênea e coerente da crítica que propõe os autores a direção.

Ahhh sério que vou precisar elogiar esse elenco? Precisa? Nós temos Margot Robbie como a Barbie estereotipada. Mas também temos como Barbie: Issa Rae, Kate McKinnon, Alexandra Shipp, Emma Mickey, Hari Nef, Sharon Rooney, Ana Cruz Kayne, Rita Araújo, Dua Lipa e Nicola Coughlan. O Ken clássico é o Ryan Gosling, temos também: Simu Liu, Kingsley Ben-Adir, Ncuti Gatwa, Scott Evans e John Cena. Como Allan temos Michael Cera, como Midge temos Emerald Fennell, America Ferrera como Glória, Ariana Greenblatt como Sasha, Rhea Perlman como Ruth, Will Ferrell como CEO da MATEL e por aí vai. Olha esse elenco. Considerando ainda que foram muito bem conduzidos, o resultado dessa atuação carrega riqueza de detalhes. Sem mais elogios pq senão não paramos hoje.

O filme  traz um pouco da trajetória da boneca, mostrando suas várias versões, mas ele principalmente discute o papel e a importância do ideal da boneca no mundo. E uma das coisas mais maravilhosas é mostrar a representação e efeito do “brincar” na construção da autoimagem e da autoestima. E aqui mostra a Barbie na Barbieland e a traz para o mundo real e isso gera uma discussão maravilhosa. Uma representação bem madura pra falar sobre papéis e seus espaços respeitando os lados e debochando do desrespeito. As piadas estão excelentes, o ritmo e as coreografias estão lindamente executadas, as minhas únicas frustrações é que não tem a barbie sadomasoquista e nem uns pegas com o Max Steel. E vale dizer que não é um filme para crianças. Para melhor compreensão, vale indicar para pré-adolescentes em diante. 

Essa crítica dá nota 5 de 5 estrelas rosas Malibu.

O filme estreia dia 20 de Julho nos cinemas.