Besouro Azul

Besouro Azul

21 de Agosto, 2023 0 Por Plínio Perrú

Sabe quando o chefe pede um serviço as 17 horas para entregar até o fim do expediente? Mas pedido para profissionais competentes, que porém já estavam planejando seu happy hour. O que mais salva esse filme é o desejo de querer fazer dar certo e uma enxurrada de excelentes homenagens e referências latinas de sucesso. Porém, o besouro não voou alto. 

O filme tem a direção de Angel Manuel Soto, diretor porto riquenho que também dirigiu “La Granja” de 2015 e “Menudo: Sempre Jovens” de 2022, e aqui traz uma condução jovem e bem humorada e construiu uma jornada de referências tão interessantes. Visualmente falando o filme tem uma boa qualidade, mas vamos vendo coisas claramente requentadas e isso dá uma desanimada. Na condução de atuação vemos uma excelente dedicação por parte dos atores, e aparentemente um espaço de liberdade por parte da direção. O roteiro tem a assinatura de Gareth Dunnet-Alcocer (“Miss Bala” de 2019), E o roteiro é tão simples e raso que fica desinteressante. Não há um mistério, um romance, um plot twist que prenda o espectador. Isso não faz ser um roteiro ruim, apenas simplório e raso. O que é uma pena.

“Besouro Azul”, Warner Pictures e DC, 2023

No elenco temos o trabalho de Xolo Maridueña como Jaime Reyes (O Besourão), Bruna Marquezine como Jenny Kord, Becky G como Khaji-Da (A Jarvis do Besouro), Susan Sarandon como Victória Kord, Raoul Max Trujillo como Carapax, Adriana Barraza como Nana Reyes (Vovólocona), Geroge Lopez como o tio locão Rudy Reyes, e por aí vai. É possível sentir no elenco um desejo de fazer a coisa dar certo. Eles jogam sim o filme pra cima. Talvez por perceber a importância que esse filme teria para a comunidade latina. Talvez pelo objetivo de mostrar o tanto de talentos que se tem fora do eixo hollywoodiano. Isso dá um valor grande ao filme. Perceber que o elenco comprou bem a ideia e apresentaram um ótimo trabalho. 

O filme conta a história de Jaime, um jovem que ao se formar na faculdade, volta pra casa com seu diploma, no subúrbio de uma megacidade latina e se vê planejando sua jornada de emprego. Sua irmã, Milagro, o leva para trabalhar como faxineiro na mansão da família mais poderosa do país. Já que falamos nessa família, o filme começa mostrando como o amuleto do Besouro Azul chegou a terra, em um flash imagético histórico, conta onde ele se encontra atualmente e que está sendo procurado pela presidente das Empresas Kord , a tal família mega poderosa. Essa empresa quer encontrar essa tecnologia para replicar e então criar armas militares (Coisa de família mega poderosa e gananciosa). Inclusive eles já tem um protótipo: O guarda costa Carapax. Victória Kord encontra o Besouro, a empresa está conseguindo retirar a energia, até que, por uma treta de família, a Sobrinha (Jenny Kord) conhece Jaime e oferece uma oportunidade de emprego melhor pro jovem formado. Quando Jaime, que já criou um love na Marquezine, digo, na Jenny, vai encontrar com ela para saber do emprego, encontra com ela saindo ansiosa e pede que ele leve pra casa uma embalagem de hamburger com a orientação de não abrir. Sim, ela havia roubado o amuleto do besouro e estava em fuga. E falar para uma pessoa “Não abra isso até eu pegar com você” é ativar outro nível de curiosidade que não se faz. Pronto, a treta está armada. E a Victória Kord quer seu Besouro de volta a qualquer custo. Faz assim, assista e volte pra dizer o quanto eu não fui justo com esse filme. 

Essa crítica dá 2,5 de 5 para esse filme, sendo legal.

Rating: 2.5 out of 5.

O filme estreia dia 17 de agosto nos cinemas.